Spoiler: não vai. Mas quem não aprender a usá-la, vai ficar pelo caminho. Essa é a mensagem central do bate-papo entre José Rubens Oliva e Alex Pinhol no episódio do Guia-se Podcast que levanta uma das maiores dúvidas do marketing digital moderno: o futuro das agências diante da evolução da inteligência artificial (IA).
Neste artigo, vamos explorar os principais pontos desse episódio, trazendo reflexões práticas, histórias reais e estratégias de quem está há décadas no mercado e sabe se reinventar como poucos.
IA vs. Agências: quem sobrevive?
Logo no início, Alex Pinhol já responde com firmeza: “A inteligência artificial não vai acabar com seu emprego. Mas quem souber usá-la, vai.” A provocação resume uma verdade: as agências digitais não vão desaparecer, mas serão transformadas pelas novas tecnologias.
Ele explica que existem dois modelos de agências hoje:
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A “eugência” (agência de uma pessoa só) que faz tudo para pequenos clientes;
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As agências médias, com mais estrutura, focadas em empresas de porte maior.
Em ambos os casos, a IA não substitui o trabalho humano — ela potencializa resultados. Quem não aprender a usá-la, vai competir às cegas com gigantes que dominam dados, automações e personalizações.
O novo marketing: de Hollywood ao UGC com IA
Pinhol explica por que 2025 será o ano da personalização extrema. Os consumidores estão cansados de campanhas genéricas. Eles querem pessoas reais falando com pessoas reais.
É por isso que o UGC (User Generated Content) — conteúdo criado por consumidores ou influenciadores — tem ganhado espaço. E mais: já é possível usar IA para criar vídeos com rostos humanos fictícios, que narram roteiros com naturalidade, sem gaguejar e com custo de lead até 80% menor.
A combinação de UGC com IA não só reduz custos como aumenta conversões. É o marketing de performance 5.0.
O modelo boutique: menos clientes, mais resultado
Depois de anos atendendo milhares de contas com plataformas próprias, Alex Pinhol percebeu que o futuro da sua agência não estava na escala, mas na qualidade personalizada. Nasceu assim a WBP, resultado da fusão da Web Foco com a Agência Pipe.
Hoje, a WBP opera em modelo boutique: times enxutos, atendimento consultivo e resultados robustos. E mais: em muitos casos, com participação nos lucros dos clientes, contratos por performance e até equity. Ou seja, só ganha se o cliente ganhar. Isso muda tudo.
Como não ser engolido pela IA (ou pelo cliente)
Um dos grandes ensinamentos do episódio é sobre postura. Muitas agências falham por não saberem:
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Definir expectativas com o cliente;
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Se posicionar como especialistas;
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Focar no negócio do cliente, e não apenas na entrega técnica.
“O maior erro é quando o cliente quer fazer do jeito dele e não deixa a nossa genialidade trabalhar”, diz Pinhol. Para evitar isso, é fundamental empoderar o time, ter clareza sobre o valor que a agência entrega e se comunicar com base em dados, metas e resultados esperados.
O CEO como influenciador: sem volta
José Rubens e Alex concordam em algo inegociável para 2025: o dono do negócio precisa aparecer. O público quer conexão humana, quer ver quem está por trás da marca. “O influenciador do seu negócio tem que ser você”, afirma Pinhol.
Se você é empresário, saiba: gravar vídeos, compartilhar bastidores e ensinar o que você vive é mais poderoso do que qualquer anúncio pago.
Histórias que ensinam mais que qualquer IA
Entre dicas técnicas e provocações estratégicas, o episódio é recheado de histórias emocionantes — como a origem humilde de ambos, os erros que quase custaram a empresa, a inspiração nos pais e a vontade incansável de aprender, mesmo com o passar dos anos.
Esse lado humano mostra que, no fim, a IA pode ser uma ferramenta incrível, mas nunca substituirá propósito, resiliência e atitude.
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A IA não vai acabar com as agências, mas vai acabar com a zona de conforto
Se você trabalha com marketing digital ou tem uma agência, a resposta não é fugir da IA, mas abraçá-la com inteligência estratégica. Invista em personalização, se posicione com autoridade, fale de negócios e aprenda todos os dias. Essa é a única forma de continuar relevante — hoje e no futuro.